No âmbito do projeto de intervenção socioeducativo de dinamização de um grupo de teatro na Casa Mãe do Gradil, surge o contato com a Companhia Nacional de Bailado de Lisboa. Com o seu gesto solidário, foi possível levar dezasseis crianças e jovens a assistir a um bailado.
A atividade pretendeu que as crianças e jovens podessem benefíciar de uma oportunidade de se sentirem estimuladas e que podessem, igualmente, a partir da observação, desenvolver algumas aprendizagens no que se refere à prática da expressão corporal, pois a dança é um meio para desenvolver uma linguagem diferente da fala e da escrita. O Homem usa o próprio corpo de modo a ocupar o espaço, se expressar e comunicar com o outro, trabalhando o movimento, as sensações, os sentimentos e os pensamentos.
O bailado tem técnicas e estilos especialmente desenvolvidos pela dança, utilizando o corpo como matéria-prima: as suas posturas e habilidades de movimento e quietude, organizadas em sequências com significado e as relações possíveis de corpo-espaço-energia-tempo, como manifestação da totalidade da pessoa, pois a dança permite conhecer o próprio corpo.
O bailado que tivemos a possibilidade de apreciar tinha o nome de “Orfeu e Eurídice”, da coreógrafa Olga Roriz e beneficiava da música europeia de Gluck. A dança expressa a história um mito grego. Uma história de amor e sofrimento, que nos revela a intemporalidade do Amor e da Verdade.
E assim, tal como nos dizem os testemunhos das participantes:
“Gostei da linguagem corporal e gostei da vontade de representar que mostraram, também como foi a primeira vez que vi, acho que foi muito ineressante!” Cíntia Pinto, 15 anos.
“Houve muita dança, baildo contemporâneo e acima de tudo conseguiram realizar uma história muito difícil. Tiveram que ter muita concentração e confiança e na minha opinião foi muito bonito.” Susana Mourão, 13 anos.
Um Bem Haja ao gesto solidário de todos os que tornaram possível esta experiência.